Cultura

No ritmo de Tatá Werneck

Por Adriana Del Ré / Fotos: Vinicius Mochizuki

Tatá Werneck parece estar sempre ligada no 220 volts. E isso não é só diante das câmeras. Também é assim no seu dia a dia. Tatá é uma ‘workaholic’ confessa. “Fico nervosa se estou em férias, não consigo descansar tão bem”, admite a atriz e apresentadora de 34 anos, em entrevista por telefone. Tatá fala rápido, como se tentasse acompanhar a rapidez de seu raciocínio. Esse jeito acelerado, aliado a um humor muito próprio, virou sua marca registrada nos programas que apresenta. Como em Lady Night, que ganhou a 2ª temporada no Multishow.

“Fiquei muito feliz (com o sucesso), porque eu já tinha vontade de ter um talk-show há muito tempo. Eu estava adiando, porque estava sempre fazendo novela, e os programas do Multishow eu gravava ao mesmo tempo da novela”

Estava nos planos duas temporadas tão próximas? “Não, era previsto que fizesse um neste ano, e, se fosse legal, um no ano que vem. Aí falei: ‘vamos fazer logo outro?’. Eu consegui essa brecha entre a novela e um filme que ia fazer, e fizemos”, comenta o fato de a 1ª temporada do Lady Night ter feito sucesso deve ter ajudado nisso.
Segundo números divulgados pelo canal, durante o período em que foi ao ar, mais de 12,8 milhões de pessoas assistiram ao programa na TV, e, no Multishow Play, bateu recorde de horas assistidas: foram mais de 730 mil horas de consumo e mais de 2,3 milhões de videoviews no mês de estreia.
“Fiquei muito feliz (com o sucesso), porque eu já tinha vontade de ter um talk-show há muito tempo. Eu estava adiando, porque estava sempre fazendo novela, e os programas do Multishow eu gravava ao mesmo tempo da novela. Nunca tinha muito tempo de me dedicar totalmente. E não tem como fazer o Lady Night se eu não tiver dedicação total, porque lá assino o roteiro, escrevo as músicas, participo da edição, estou ali conduzindo o programa – gravo como se fosse ao vivo.”
A segunda temporada estreou com Tatá entrevistando o craque Neymar. As gravações ocorreram em julho, antes mesmo das especulações sobre a ida do atacante ao Paris Saint-Germain – a contratação foi confirmada pelo clube francês em agosto. “Ah, minha filha, se eu esperasse mais duas semanas…”, brinca. “Mas, na época que gravei, não tinha nenhum rumor.”
Os entrevistados participam de diversos quadros, nos quais Tatá propõe a eles diferentes brincadeiras. Um dos quadros criados para Neymar foi, no mínimo, curioso: ‘não vamos falar sobre a Bruna’, em que eles, de fato, não falam sobre a atriz Bruna Marquezine, ex-namorada do jogador. “Ele não pediu nada. Eu falei: ‘por ser amiga dos dois, não vou tocar no assunto da Bruna’. E ele falou: ‘tá bom’. Só que acabamos falando algumas coisas, que vieram dele.” Em uma dessas breves citações a Bruna, ele confessou que ainda a ama e falou sobre outros assuntos pessoais, como a paternidade. “Estávamos falando de um astro internacional, mas que também é um menino muito novo, que teve a surpresa de ser pai.
Ele falou que hoje é a melhor coisa da vida dele, que não consegue imaginar a vida sem o filho”, diz a apresentadora.

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Mas são as perguntas esdrúxulas disparadas por ela que garantem os momentos mais divertidos em boa parte da entrevista. Tatá, aliás, personaliza o programa de tal forma que ele não pode ser comandado por mais ninguém. Simplesmente, não é possível substitutos. Tatá parte de um roteiro, mas tem plena liberdade para improvisar – que visivelmente é a alma de seu late show.
Sobre as novidades em Lady Night, Tatá conta que as entrevistas ganharam mais espaço. “Acho que os convidados estavam ainda mais disponíveis nessa temporada, talvez porque já tinham assistido à primeira. Não adianta ficarem se protegendo. Se ficar na defensiva, não ia render”, afirma.
“Eu me sinto mais segura entrevistando. Acho que todos que estavam ali queriam muito estar”, completa a apresentadora, que recebeu Carolina Dieckmann, Caio Castro, Cleo Pires, Cauã Reymond, Gloria Maria, Gretchen, Luan Santana, Maisa Silva, Marina Ruy Barbosa, Pabllo Vittar, entre outros convidados.
Sobre o hilariante quadro Especialista, é o momento do programa em que Tatá faz uma pausa na conversa com o convidado e se acomoda em um outro canto do palco, onde fica de frente com algum especialista. As perguntas mais nonsenses surgem a partir da resposta do especialista da ocasião. É de chorar de rir!
“Na hora dos especialistas – que amamos produzir -, vamos criando perguntas. Muitas vezes, criamos perguntas meia hora antes de começar o programa. Se o convidado fala alguma coisa, faço uma pergunta em cima. Então, tem roteiro que também escrevo, com roteiristas que são maravilhosos, e também tem muito improviso.”
A segunda temporada de Lady Night teve 20 episódios, exibidos de segunda a sexta, às 23h. São cinco episódios a menos que a temporada anterior. “Por causa da novela”, justifica Tatá. Ela se refere ao próximo folhetim das 19h da Globo, ‘Deus Salve o Rei’. Na comédia Medieval, ela irá interpretar uma princesa. “Lucrecia é a mais feia do reino. São três reinos, ela é princesa de um deles. O rei, de Johnny Massaro, precisa se casar com alguém para assumir o trono. Aí ela manda uma pintura dela, só que meio ‘photoshopada’, meio mentirosa.”
E Tatá Werneck, que não para (quase) nunca, tem outros trabalhos engatilhados. Ela lembra que, após terminar de gravar a 1ª temporada de Lady Night, já ia emendar as filmagens de ‘A Dupla’ em Vassouras, no Rio de Janeiro. Com quase 40° graus de febre, entrou na carro da produção do filme, mas, em vez de cair na estrada, foi para o hospital. Precisou ficar internada dez dias, por causa de infecção renal. “Teve reunião no hospital do filme, eu começava a ver convidado, quadro do Lady Night. Já sou hiperativa, e com soro na veia…”, conta.
E já está certa a 3ª temporada do programa? “Em setembro, quando acabar a novela, farei um filme com a Ingrid (Guimarães), e depois a 3.ª temporada do Lady Night , concluiu Tatá.”

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