Lipoaspiração de alta definição

O Brasil é um dos países que mais ‘consome’ produtos e serviços ligados à beleza e estética, – segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil movimenta cerca de R$ 15,4 bilhões por ano, atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão. E, apesar de as mulheres ainda serem o principal público quando o assunto é beleza e cirurgias plásticas, os homens mostram cada vez menos preconceito e mais desejo de se submeterem a um procedimento estético.
Os números divulgados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) este ano comprovam isso: a quantidade de pacientes homens cresceu 15% no primeiro quadrimestre de 2014 em relação ao mesmo período do ano passado. Isso significa que a vaidade masculina atualmente não se limita mais em cortar o cabelo e fazer a barba.
Crescem vigorosamente as opções de procedimentos cirúrgicos voltados para o público em questão – e eles fazem sucesso. O dr. Alderson Luiz Pacheco, cirurgião plástico da Clínica Michelangelo, confirma: “hoje os homens não se limitam mais a boas roupas e perfumes, por exemplo. Eles veem as suas mulheres bonitas e querem acompanhá-las. E, afinal, se elas fazem um procedimento estético para melhorar a aparência física, por que eles não podem fazer também”?, questiona o médico, especialista da técnica de Lipoaspiração de Alta Definição (LAD).
A LAD é uma técnica avançada de lipoaspiração e seu objetivo é evidenciar os músculos abdominais – os famosos ‘quadradinhos’. Apesar de ser semelhante à lipo tradicional, a LAD aspira a gordura de maneira superficial, pois visa apenas destacar a região muscular. “O paciente deve estar próximo ao peso corporal ideal para a sua altura e praticar exercícios físicos regularmente. Pessoas acima do peso ou que levam um estilo de vida sedentário não devem ser submetidas à técnica, pois a cirurgia coloca em evidência os músculos já existentes – e não os cria”, observa Pacheco.
Não existe contraindicação para mulheres, apesar de o principal público desse método ser formado por homens. “Essa técnica não é recomendada em indivíduos com obesidade mórbida, fumantes, pessoas com problemas cardíacos, diabetes ou hipertensão. Além disso, indivíduos que fazem uso contínuo de certos medicamentos, como a aspirina ou anticoagulantes (varfarina), também não devem passar pelo procedimento”, exalta o especialista.
Após a realização da LAD, os pacientes entre 20 e 40 anos geralmente voltam às suas atividades normais após uma semana, dependendo dos cuidados no pós-operatório. Porém, antes de decidir pela realização cirúrgica, Pacheco ressalta a importância de procurar um bom especialista. “Antes de abandonar a academia, informe-se e tenha a certeza de que está nas mãos de um cirurgião plástico responsável, competente e membro da SBCP”, conclui.