Esporte

Benefícios da prática de artes marciais na infância

Segundo especialistas, os pais devem escolher treinadores capacitados,
mas também se preocupar em promover a cultura de paz entre os filhos

 

As artes marciais são lutas disciplinares, física e mentalmente. Vindas de um passado guerreiro, de artes militares, o objetivo é desenvolver os alunos por meio de autodefesa ou submissão do adversário, mediante diferentes técnicas.
Sendo uma ótima escolha para as crianças, principalmente as mais ‘arteiras’, é importante que entre na vida dos pequenos como uma brincadeira, para que eles tenham vontade de continuar praticando. A luta desenvolve importantes habilidades nas crianças, principalmente a disciplina. Nas aulas, o professor ensina não só a técnica, mas também ajuda a mudar o caráter do aluno. Juntos, desenvolvem o trabalho em equipe, a autoestima, a autoconfiança e o respeito ao próximo. Além de todos os benefícios à saúde, é claro.
Claudney Elias de Souza, mais conhecido como ‘Borracha’, é proprietário da academia CTI e professor responsável de Jiu-jitsu. “Cem por cento dos alunos vêm parar aqui por causa da disciplina. Os pais trazem os mais ‘arteiros’ não só por conta da disciplina da arte marcial, mas também pelo cansaço. O aluno vem aqui, treina e quando chega em casa, dorme”, explica.
A prática do esporte traz diversos benefícios às crianças, como a evolução do condicionamento físico, a melhora na coordenação motora e reflexos, paciência, aumento da resistência e fortalecimento do sistema imunológico, além de melhorar a mobilidade das articulações e incentivar o autocontrole emocional.
“Quem traz o filho aqui, não tira. Tenho um aluno que não tem nem quatro anos ainda e quis vir lutar sozinho. Mesmo sem ninguém da família ter sido lutador anteriormente, é um esporte que cativa e chama atenção”, conta Claudney. “Ministro palestras em escolas e mesmo os alunos mais agitados se sentam para me ouvir falar sobre as lutas. Todas as crianças querem participar”.
É importante salientar que esse esporte requer responsabilidade e dedicação, uma vez que ela é ‘tratada’ como uma doutrina. Além de nunca incentivarem a violência, as artes marciais possuem muitas regras. “Nós conversamos muito com as crianças sobre a escola e explicamos que elas não podem continuar lutando se o desempenho for ruim. Meus filhos mesmo, lutam desde os 2 anos e nunca tiveram uma nota baixa na escola. Hoje estão com 10 e 15 anos, se preparando para o Mundial”.

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