Ceia de natal
Por: Tarcila França | Fotos: Divulgação
O momento é de celebrar em família com direito à visita ilustre do ‘bom velhinho’
Dezembro está dando as caras mais rápido do que se imagina. Neste mês, brotam sentimentos filantrópicos – o tal espírito natalino. Que bom fazer o bem sem importar a quem, não é mesmo? Os enfeites nas ruas, nas vitrines, nas propagandas de televisão, nos lembram do que diz a canção: “Então, é Natal”. As famílias começam os preparativos da árvore, planejam viagens, bolam amigos secretos e, ainda, pensam em como incrementar a ceia. Nada mais doce do que relembrar as brincadeiras quando a família se reúne. O empresário, Ataliba Borges Junior, diz que a data o faz relembrar os velhos e bons tempos. “O costume de estar com os meus avós, bisavós, pais e irmãos, tios, tias e sempre muitos primos, brincando e nos divertindo. Era aquele monte de ‘criançada’ correndo na casa da avó”.
Dentre as suas reminiscências, o cheiro da bolachinha italiana bate forte como se o aroma o transportasse de volta no tempo. “Espero ansioso pelo famoso ‘crostoli’ da vó Tereza”, conta. Antes, o doce era feito pela avó, mas, hoje, os tios ajudam porque a matriarca já não tem a mesma força. A bolacha italiana, cuja massa é frita à base de farinha, leva ovo e um pouco de bebida destilada.
“Para a ceia, a família gosta de leitoa assada. Os meninos saboreiam filé de frango com creme de leite”
Tempos modernos
A família se expandiu por outros lugares, o núcleo familiar aumentou, sendo cada vez mais difícil de congregar tanta gente. Às vezes, a reunião acaba se limitando ao parentesco de primeiro grau. Teve época em que mais de cem pessoas (mais de 60 netos) se confraternizavam em um mesmo ambiente, na casa da bisavó.
Mesmo com tantos na árvore genealógica, a ordem é não perder a tradição. Para alegrar os pequenos, um adulto costumava se fantasiar de Papai Noel, o que acontecia até uma criança mais crescida e espertinha dedurar o fantasiado. Aí, perdia a graça. “Este ano, estamos programando fazer as mesmas coisas, trazer minha irmã dos Estados Unidos, meu irmão que mora no Mato Grosso, que, por sua vez, vão trazer pais, irmãos, sobrinhos, além da minha avó paterna, que mora aqui na cidade”, comenta.
Não só de confraternização marca o tradicional encontro do clã. Para esta edição, a programação prévia aconteceu em agosto. Colocar a mão na massa é palavra de ordem, segundo Ataliba, “queremos fazer a ceia com vários braços ajudando na cozinha. Enquanto um cozinha, o outro ajeita o enfeite da mesa”, sugere. A mesa é decorada com frutas e no cardápio, grande variedade de assados com mistura agridoce.
Mensagem de Natal
O encontro festivo também dá atenção à espiritualidade, afinal, a data pede orações elevadas ao verdadeiro mote: o Menino Jesus nasceu. “Como cristão, todo ano elegemos um para fazer a mensagem de Natal e realizar a oração”, diz. O agradecimento se dá tanto para os acontecimentos positivos quanto para os negativos. “A partilha da instituição familiar e a reflexão da vida em comunidade, além do amor e da alegria. Tudo isso lembra os desafios que tivemos para sempre agradecer o que a vida proporciona”, ensina.
Memórias
Quem invoca saudosas lembranças e perpetua a tradição familiar por mais de décadas é a advogada, Adriana Berti Ferracini. “O Natal tem um significado muito grande, além da celebração da vida, tenho algumas memórias especiais do meu falecido pai”.
Mãe de dois filhos pequenos, Adriana administra a ansiedade dos meninos com a proximidade da festa. Para a ceia, a família gosta de leitoa assada e os meninos saboreiam filé de frango com creme de leite. De sobremesa, mousse de chocolate.
Todo ano, o marido se veste de ‘bom velhinho’ para satisfazer o lúdico das crianças. “O Jeferson coloca todo ano a roupa de Papai Noel, e ficamos esperando a sua chegada. Teve um ano que ele desceu do telhado, até hoje me pergunto como ele conseguiu fazer isso”, diverte-se. Cada um tem sua peculiaridade ao resgatar os momentos marcantes. “Todo ano, mesmo com chuva, meu pai colocava a roupa de Papai Noel, entregava os presentes, depois saíamos em uma carretinha colocada em um fusca, e rodávamos a cidade distribuindo bala. Era uma delícia”, lembra a advogada.
E falando em delícias de Natal, a Revista Exemplo® Variedades separou para você uma deliciosa receita de Peru que com certeza agradará todos os paladares exigentes na noite de Natal, confira: