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Cirurgia ortognática – É a solução para a síndrome da apneia do sono

Dr. leonard duarte moreira

Dr. leonard duarte moreira

Apneia do Sono significa que o paciente para de respirar durante o sono. É o distúrbio no qual o indivíduo sofre breves e repetidas interrupções da respiração (apneias) enquanto dorme. O nível de consciência durante o sono faz com que o paciente não tenha ‘memória’ desses eventos, o que pode adiar um diagnóstico, afinal ele não se lembrará que passou parte da noite sofrendo para respirar.
Segundo o Ministério da Saúde, 33% da população sofre de apneia do sono. A síndrome da apneia obstrutiva do sono tem vários fatores, como obesidade, obstruções nas vias nasais superiores e uma outra grande dificuldade é o estreitamento da traqueia devido ao esqueleto.
“A mandíbula, a maxila ou ambas estão retroposicionadas com relação ao crânio. A pessoa tem pouca maxila e pouca mandíbula acaba tendo um estrangulamento da traqueia. Quando deita, o que acontece? A mandíbula e a maxila relaxam, então o paciente não consegue respirar normalmente”, explica doutor Leonard Moreira, cirurgião Buco Maxilo Facial.
O paciente que acaba tendo essa síndrome pode ter baixa oxigenação durante o sono e não conseguir descansar, o que faz com que o sistema endocrinológico se desregule ou até mesmo deixe de produzir alguns hormônios que são muito importantes para nosso desenvolvimento e restabelecimento. “Aumenta principalmente o hormônio chamado cortisol, que é o hormônio do estresse, então ele acumula gordura no corpo e a longo prazo influencia no sistema circulatório, aumentando os riscos de um colapso cardiocirculatório”, alerta doutor Leonard.
Sintomas diurnos como sonolência, alteração de humor, perda de memória, cansaço crônico e até impotência sexual também devem ser levados em conta. Segundo o doutor Edilson Zancanella, otorrino-medicina do sono, o exame para confirmação da apneia consiste em uma monitorização do sono, que é uma polissonografia (também conhecida como estudo do sono), que pode ser realizada em uma clínica de sono. A Clínica do Sono realiza os exames diagnósticos, teste para uso de CPAP e comparação após tratamentos cirúrgicos e com aparelhos intraorais.

Sintomas diurnos como sonolência, alteração de humor, perda de memória, cansaço crônico e até impotência sexual também devem ser levados em conta

O doutor Leonard explica que o diagnóstico deve ser feito primeiramente através do relato do paciente ou do cônjuge, que analisa se o paciente ronca muito, se acorda muito durante a noite, se não consegue dormir de barriga para cima e precisa se virar de lado ou para baixo afim de não engasgar com a própria língua ou saliva. “Ele vai passar comigo ou com um otorrino especializado em medicina do sono, que é o caso do doutor Edilson, então é solicitado uma série de exames, por exemplo uma tomografia para avaliar o volume da traqueia e a relação do esqueleto da face em relação às vias nasais”.

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Uma outra solução, fora o tratamento em clínicas de sono e uma possível cirurgia no esqueleto da face ou um aparelho de infusão de oxigênio sob pressão, chamado CPAP, que é um respirador em forma de máscara que o paciente usa para dormir todos os dias de sua vida.
Apesar de tudo, o problema é muito comum. Estudos consideram que os males do sono são também o mal do século. Os hábitos das pessoas e estilo de vida influenciam muito, mas cerca de 80% da população alega não ter um bom sono.
Apesar de os números serem alarmantes, apenas recentemente a medicina reconheceu, através de estudos científicos, os riscos trazidos por esta doença e a importância de seu diagnóstico. Cerca de 90% dos indivíduos que possuem apneia do sono ainda não possuem o diagnóstico ou sequer foram alertados para a possibilidade de sofrerem desta doença.
No caso de identificação com os sintomas, o processo é simples. Os exames não são complexos para os pacientes e a cirurgia, apesar de precisar de anestesia geral e não ser um procedimento simples, mostra resultados já na primeira semana. “Com sete dias o paciente já percebe a melhora e com um mês o problema está resolvido, desde que os acompanhamentos multiprofissionais sejam seguidos à risca. A síndrome da apneia do sono é multifatorial, ou seja, precisamos de uma frente multidisciplinar para tratá-la”, finaliza doutor Leonard.

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