Longboard: É conhecido como o surfe do asfalto
Da redação
Fotos: Divulgação
Não é à toa que o ‘long’ tem a fama de ser o surfe do asfalto. O termo longboard vem, na verdade, do surfe. Há quem diz que ele nasceu pela necessidade dos surfistas em estar dentro do esporte e sentir as sensações proporcionadas por ele, ou seja, quando o mar estava sem ondas, o jeito era adaptar a tal prancha e cair no asfalto. As semelhanças são os movimentos e manobras, que tanto dentro da água quanto fora, a prática exige trabalhar toda a extensão da prancha. O esporte faz parte da vida de algumas pessoas, como no caso de Ricardo Vieira, fã e praticante de skate e longboard, “conheci o esporte quando tinha 6 anos, ganhei um skate do meu tio que andava também. O modelo era tubarão, moda no começo dos anos 90. O longboard comecei a praticar em 2002 junto de amigos que já andavam”, conta.
Claro que com o tempo, tudo se moderniza e se renova, com o esporte não foi diferente, Ricardo esclarece pequenas e determinantes diferenças entre skate e long, “os dois são skate, porém, tem o Skate Street que é realizado em pista como a do Parque Ecológico, o longboard que é realizado em ladeiras simulando o surfe, e para os mais radicais que gostam de velocidade tem o Longboard Speed. Outra diferença determinante são as manobras, algumas só podem ser realizadas com o long, como a 180, 360, ‘Vai e Volta’ e as que deslizamos as mãos com luvas no chão”. A fama de que, quem anda de long geralmente é praticante ou gosta de surfe, é confirmada aqui, o rapaz também é fã do esporte na água e pratica desde sua adolescência. “Eu pratico surfe desde os meus 15 anos, hoje um pouco menos devido à correria do dia a dia, mas sempre que sobra um tempo gosto de ir à praia. Enquanto estou na cidade, ando de long, onde a semelhança é grande, como o modo de descer a ladeira cavando o máximo, dando Slide de From e de Back e acelerando quando o skate está mais devagar, como em uma onda”, recorda.
Com certeza você já deve estar morrendo de vontade de surfar no asfalto, para os iniciantes do esporte que ainda não sabem onde praticar, há algumas ladeiras indicadas e para os veteranos também, Ricardo dá dicas de onde praticar, “tem várias ladeiras em Indaiatuba, a principal é a do Pimenta Bar, sem movimento, tranquila e ideal para iniciantes, já nós que somos da ‘velha-guarda’ do longboard temos nosso pico que chamamos de ‘Secret Spot’, onde garante um outro nível de adrenalina”, finaliza.
Long para elas
Para quem pensa que longboard só é praticado por homens, está enganado. O que antes era visto como um tabu, hoje, é liberdade e diversão. Stella Villa Real é um exemplo disso, apesar de ter conhecido o skatebord quando criança, só conseguiu praticar depois do nascimento de sua primeira filha, Helena. “Conheci o esporte com meu primo quando eu era bem novinha, gostava de brincar, mas nada sério. Mais tarde decidi voltar a andar, mas logo engravidei e tive que adiar. Depois de uns meses que a Helena nasceu as aulas de Long finalmente começaram”, conta. Stella revela que a prática do esporte foi uma superação, o que antes achava difícil, hoje é o que mais ama fazer e ainda afirma que as mulheres têm buscado quebrar barreiras e apostar naquilo que acreditam, “acho que as mulheres de um modo geral estão querendo quebrar a barreira do preconceito que sempre existiu por ser um esporte mais masculino. E acho que estão fazendo muito, não é?”, destaca. O amor pelo esporte é tanto que ela e Thiago – o pai de Helena -, levam a pequena para se divertir, “apesar de não estarmos mais juntos convivemos super bem e até hoje saímos para andar de long. Há alguns meses ele comprou um ‘skatinho’ para a Helena e ela ama! Sempre com muita proteção, e diversão. Quando ele a leva, é um momento lindo entre pai e filha”, finaliza.