KidsVariedades

Perda auditiva na infância

Pais devem ficar atentos aos sinais da deficiência

Foto: Divulgação

Trinta e dois milhões de pessoas no mundo sofrem de perda auditiva com 15 anos ou menos, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), por isso é muito importante que os pais observem se a criança reage a sons, responde quando é chamada, fala muito alto, aumenta o som da televisão, tem dificuldade de aprendizagem ou demonstra falta de atenção, pois esses sintomas muitas vezes estão relacionados à perda auditiva.
Segundo a fonoaudióloga da Starkey do Brasil, Camila Quintino, ruídos contínuos acima de 85 decibéis podem danificar a audição da criança, cujas alterações são irreversíveis. “A perda auditiva poderá comprometer o desenvolvimento da fala, atenção, compreensão e o aprendizado de um modo geral, além de alterações no comportamento social da criança”.
Brinquedos barulhentos, som alto na televisão ou nos fones de ouvido e o uso de sons amplificados em videogames, tablets e smartphones estão entre as causas da perda auditiva na infância. Muitos pais de crianças com perda de audição não se dão conta e demoram a discernir o problema. A fonoaudióloga sugere algumas dicas para os pais ficarem atentos e identificarem a perda auditiva nos pequenos: quando a criança não responder ao ser chamada, pedir para aumentar o volume da TV, se ela não acompanhar o processo de alfabetização na escola, pedir para repetir o que foi dito.

Como tratar
O tratamento da criança com perda de audição demanda a utilização de aparelhos auditivos, além de acompanhamento médico e tratamento fonoaudiológico. Os especialistas recomendam que as crianças façam um exame auditivo duas a três vezes por ano durante os primeiros anos de vida e uma vez por ano antes do início do período letivo.

Brinquedos
Todos nós conhecemos o ditado de que “o barato sai caro”. Brinquedos sonoros ilegais, comprados em lojas sem licença, por exemplo, podem emitir um barulho acima do permitido pela lei, que é de 85 decibéis. Um carrinho de polícia ‘pirata’, por exemplo, pode registrar até 120 decibéis de ruído. O que isso representa? O barulho de uma motosserra pode chegar a cem decibéis e o de uma britadeira alcança 110 decibéis.
“Os ruídos estão por toda parte. Dentro de casa, estão na televisão em alto volume, no liquidificador e até nos brinquedos. Tudo isso pode causar prejuízos à audição da criança. Os pais devem proteger seus filhos de danos auditivos causados por excesso de barulho e prestar atenção ao nível sonoro do brinquedo que vai comprar”, alerta Marcella Vidal, fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas.
“As crianças também estão expostas a altos níveis de barulho ao brincar com videogames, frequentar sala de jogos de computadores, ouvir música em celulares, MP3 e aparelhos de som. Em ambientes barulhentos é aconselhável usar protetor auricular nos pequenos”, aconselha.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um barulho de 70 decibéis já é desagradável para o ouvido humano. Acima de 85 decibéis começa a danificar o mecanismo da audição. O manejo contínuo de um brinquedo com esse volume pode prejudicar para sempre a audição das crianças. Os menores, de 3 anos, são os mais afetados. E se eles têm a audição comprometida, isso pode atrasar todo o seu desenvolvimento principalmente na fala e no desempenho escolar.

Notícia Anterior

Escritório Central é tradição em Indaiatuba

Próxima Notícia

Uni Duni Tê realiza desfile inesquecível