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Uma vida dedicada a ajudar, educar e aprender

O professor Luiz Carlos, do Meta, é casado com Maria de Lourdes e juntos são pais de três filhos. Ana Caroline e Helena trabalham no colégio. Ana é diretora administrativa e Helena é diretora financeira. Rodolfo está cursando o terceiro ano do Ensino Médio.
A família do professor está crescendo e ele está adorando. João Victor é seu primeiro neto e a grande alegria da casa.
Formado em História, Luiz Carlos trabalha com a educação há mais de 27 anos e vai contar um pouco de sua história para os leitores.

Revista Exemplo® – Como Indaiatuba apareceu na sua vida?
Professor – Saímos de Tapiratiba, interior de São Paulo, e chegamos em Indaiatuba em 1990, com a vontade de ter uma vida melhor, mais ‘descente’. Peguei uma carga horária na Rede Pública de Ensino da cidade, na Rede Estadual, e mudamos para eu assumir o magistério e cuidar da vida a dois. Foi aqui que vieram os meus filhos, o neto e a empresa.

RE® – Quando o Colégio Meta surgiu para você?
Professor – Em 1995 eu montei um telecurso, e desse cursinho surgiu a ideia de montar uma escola. Mas como o Meta já existia e estava passando por uma crise, adquirimos o colégio.
Quando montei o cursinho, foi por convite da antiga Gessy Lever hoje Unilever, que acreditou no meu potencial. Após o telecurso, montamos o supletivo e a empresa aprovou, dando a opção de comprar uma escola. Daí então apareceu a oportunidade de comprar o Colégio Meta.

RE® – Qual era sua intenção ao adquirir o colégio?
Professor – Queria montar uma escola que atendesse as minhas ansiedades e necessidades dos meus filhos. Começamos com o supletivo, e depois veio o ensino regular. Eu precisava de um colégio que atendesse realmente as necessidades das crianças. Hoje, eu tenho aqui mais de 850 alunos na Unidade I e quase 200 na Unidade II em Itaici, conheço todos pelo nome como eles também me conhecem, sempre verifico tudo e atendo as carências deles. Passo em todas as salas e converso com o corpo docente.
RE® – E qual o método que você usa para trabalhar?
Professor – Entendo que os filhos são os bens mais preciosos dos pais e que se eu não tiver essa responsabilidade, não serei profissional. O aluno não pode estar de ‘qualquer maneira’ em uma escola. Trabalho ouvindo a voz deles e tenho a preocupação de ver a criança saindo daqui feliz. A gente sempre acompanha a saída deles do colégio. Nossa exigência é que a criança esteja bem. Meus alunos se aproximam dos professores com essa forma de trabalhar, do ‘estar-bem’, e melhoram a aprendizagem.

RE® – Qual seria a primordial mudança no ensino do Brasil?
Professor – Eu mudaria a escola. A escola tradicional não funciona. O brasileiro ainda segue resquícios de uma escola militar. Mas ainda é só um sonho, porque seria diferente demais e mal aceito, mesmo nos dias de hoje. Queria dar liberdade para que as crianças aprendessem mais. Já imaginou uma sala de aula como uma sala de trabalho, parecida com o Google? Com computadores, pufes nos lugares de carteiras… as crianças se sentiriam melhor, aprenderiam mais.

RE® – Você tem algum sonho pessoal?
Professor – Penso em ajudar mais a comunidade indaiatubana. Já trabalhei na Rede Pública Municipal e Estadual como educador, mas temos um sistema engessado, me senti bloqueado. Ajudo comunidades, mas infelizmente, como empresário, não consigo fazer tudo o que eu queria. Quero fazer mais pela cidade.

RE® – Quais trabalhos realiza?
Professor – Trabalho muito com jovens e tenho muita proximidade com a periferia. Os jovens gostam de mim como se eu fosse um segundo pai. Todos os dias recebo visitas deles, pedindo ajuda. Um educador não pode só ensinar, ele precisa acompanhar e falo que tenho muitos filhos por conta disso, sou pai e amigo. É um legado que cumpri bem, se partisse para uma nova vida, eu já estaria feliz.

RE® – E como pretende ampliar esse trabalho social?
Professor – Tenho o sonho de me tornar vereador, para poder ser mais ativo na cidade de Indaiatuba. Quero sentar e conversar com todos, para mudar a vida das crianças sem escola, arrumar uma internação para a senhora, discutir educação, cobrar os órgãos competentes sobre a saúde e aumentar o número de casas populares. Quero me aposentar antes de me candidatar, para que eu possa doar o meu salário como vereador para entidades filantrópicas.

RE® – Quer deixar algum recado para os estudantes?
Se alguém quiser algo na vida, que estude bastante. Pratiquem a leitura e busquem o máximo de conhecimento possível para usar como sua ferramenta de trabalho. O conhecimento vale muito mais do que os milhões na poupança, porque é único. Você pode compartilhar o conhecimento, mas nunca perdê-lo.

 

  • 1988 - Enlace matrimonial do professor Luiz Carlos e Piússa
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