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Hábito de leitura: você tem?

Saiba como utilizar ferramentas simples para gostar de ler

A formação do leitor adulto compreende uma série de experiências, etapas e episódios necessários à formação do hábito de ler. Segundo Luis Antonio Tofolo Junior, diretor do Colégio Polo, a proximidade com a literatura possibilita a constituição de um sujeito com repertório cultural privilegiado, tanto no que se refere à quantidade quanto à qualidade. “Não podemos perder a perspectiva de que a linguagem literária constitui-se em uma forma de expressão humana, de entendimento da nossa própria existência, nossas trajetórias de vida e de nossas escolhas. Portanto, considero fundamental para qualquer ser humano, independente da faixa etária, condição social e cultural, a presença da literatura em seu dia a dia”, comenta.
Mas se o hábito de ler faz tão bem, por que é considerado algo tão desafiador, especialmente para os jovens? Segundo o professor de Filosofia João Wood, a resposta é mais simples do que se espera. “Se ler por si só, independente do quê, fosse algo bom, bastava gastar horas apreciando os antigos catálogos telefônicos, que possuiam centenas de páginas. Mas ninguém fazia isso por um motivo: ler só é bom quando lemos coisas que nos agradam”, destaca. E como selecionar as obras adequadas se quando entramos em uma livraria, há sempre inúmeras ofertas à nossa escolha? Como identificar as que valem a pena? É aí que entra o papel do professor.
No Colégio Polo, os alunos podem participar de dois clubes, um de Cinema e outro de Literatura. A proposta é apresentar aos jovens obras que ampliam o repertório cultural. Com frequência quinzenal, o funcionamento dos clubes são semelhantes: no de Cinema, os alunos assistem com o professor, algum filme (alternando entre clássicos e modernos, mas sempre ponderando a classificação etária) e, após a exibição, participam de um bate-papo mediado pelo professor. No Clube de Literatura, o professor indica uma obra (de novo, alternando entre clássicos, como Shakespeare e Homero, e obras contemporâneas) e estipula um tempo para a leitura de acordo com as características da obra e seus desafios aos leitores. Finalizada a leitura, há encontros literários para que alunos e professor possam trocar suas primeiras impressões.

#FicaADica
Alguns jovens foram levados a acreditar que entrar no mundo dos clássicos é para poucos, dada a dificuldade das obras. Sobre isso, há duas considerações: primeiro, algumas obras clássicas realmente são difíceis, mas há muitas que são divertidas e simples; segundo, ninguém nasce conseguindo ler Dostoievski, mas aprende. “Se só apreciarmos livros ou filmes simples, que conseguimos entender sem esforço, como vamos nos desenvolver? Se encaramos um livro que nos provoca a pensar e até mesmo a fazer outras pesquisas (seja de história, de vocabulário etc.), essa leitura nos gera desenvolvimento cultural. Aí, então, passamos a reconhecer as contribuições que essa vivência literária proporciona”, finaliza o professor do Colégio Polo.

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