Esporte

Crossfit um esporte para todos

Embora possa parecer contraditório, Crossfit é um esporte para todos. Segundo a atleta de alta performance, mais de quatro anos de competições, baixos, altos, magros, gordos, pessoas com deficiência, jovens, velhos, qualquer indivíduo pode, e deve, praticar Crossfit. “Eu digo que parece contraditório porque as imagens que vemos do Crossfit, que geralmente são de competidores e eventos mundiais, mostram pessoas extremamente fortes, que parecem muito fora da nossa realidade diária. Se eu tivesse conhecido o esporte de uma forma diferente, talvez tivesse pensado da mesma maneira”.
“Eu já fazia musculação, em uma academia, e estava insatisfeita. Queria ganhar massa magra e sempre acontecia o mesmo: meu corpo parecia acordar com um treino novo, mas a empolgação durava de 2 ou 3 semanas e a sensação que eu tinha é que ele já tinha se acostumado aos exercícios novos e nada mais acontecia. Foi o meu treinador na época que começou a incorporar exercícios leves de Crossfit no meu treino e que depois me convidou para conhecer o box em que ele treinava”, conta Fernanda.
Ela lembra que não foi paixão à primeira vista: “no começo, achei tudo estranho: treinar em grupo, em um galpão, com poucos elementos e equipamentos? Tudo muito esquisito. Mas, teve uma coisa que me chamou atenção desde o começo: a forma como as pessoas que já estavam ali há algum tempo faziam os exercícios. A performance. E comecei a pensar: se eles conseguem, e se eu tiver uma boa orientação, então vou conseguir também. Crossfit, para mim, sempre foi um desafio, desde o começo”, revela. Depois de dois meses estranhando aquilo tudo, Fernanda começou a ‘pegar gosto’ e a treinar de verdade.

O que é o Crossfit, afinal?
Crossfit nasceu de uma mistura de esportes com o objetivo de treinar as pessoas para o que elas já fazem todos os dias. Pense em todos os movimentos que você já tem que fazer, com menor ou maior grau de dificuldade, na sua vida: colocar algo em uma estante, erguer um móvel para limpar ou trocá-lo de lugar, carregar compras no supermercado. Para tudo precisa de ajuda? Depois do Crossfit, isso se torna fácil e natural, e essa é a ideia.
A mistura de exercícios aeróbicos, ginásticos e de força que são feitos com poucos elementos, como caixas, bolas, halteres, nasceu em 2000 e alcançou velocidade aqui no Brasil lá por 2009, só para contextualizar. Hoje, são mais de mil boxes, que é como se chamam as academias, só no Brasil e, recentemente, a Crossfit, que valida e fiscaliza a prática do esporte, mudou as regras das competições internacionais, inclusive para dar mais valor aos praticantes do dia a dia dos boxes do que aos super atletas. “Não que eles não vão mais existir, explica Fernanda, porque atletas renomados são endeusados, vide a maravilhosa Broke Ence, que esteve recentemente no Brasil”.

O que a experiência diz
Para a atleta, Crossfit é, sim, para todas as pessoas. “ Dá empoderamento no dia a dia, mas precisa de cuidados para não machucar. Conheça vários lugares, veja o que oferecem, conheça treinadores homologados e qualificados e escolha o lugar, e a pessoa que vai treinar você, conforme suas metas pessoais. Não precisa entrar achando que vai ter que virar um super-homem ou uma super mulher. Dá para praticar como esporte, dá para usar para emagrecer e ganhar massa magra, dá para fazer do seu jeito. É só ter essa consciência e se permitir escolher bem”, revela.
Segundo a atleta, o Crossfit é um esporte em grupo, mas que pode e deve ser adaptado para cada pessoa que faz parte do time: “a barra pode ser feita com elástico, pulando da caixa ou só na força, como eu fiz, quando machuquei o pulso e não conseguia fazer o balanço do movimento original. Mas, para isso, é preciso ter um coach a fim de ajudá-lo, então, defina objetivos e se identifique com o professor. Crossfit é viciante porque tem essa coisa de ter sempre alguém o apoiando e animando, você se sente vencendo obstáculos, melhorando em equilíbrio, força, agilidade, resistência cardiovascular. Afinal, a gente sempre tem algo a melhorar, conclui.

 

Fonte: Fernanda Surian / fotos: Divulgação / Freepik
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