Pets

FOGOS de artifício

Por Débora andrades
Fotos: divulgação

Aprenda a lidar com o medo do seu cachorro e torne as festividades mais agradáveis para toda a família

Junto ao Natal, Ano Novo e até mesmo o Carnaval, estão os fogos de artifício. Eles são explosivos dotados de um pavio, que inicia uma combustão. A combustão inicial provoca a rápida ascensão do foguete, que a certa altura explode violentamente e deixa todos os cachorros das proximidades simplesmente ‘malucos’ e seus donos preocupados.
Mesmo que algumas cidades tenham proibido ou dificultado a prática, a maioria das pessoas não a respeita, para manter a ‘tradição’ de deixar o céu mais brilhante durante as festividades.
Quem sofre com esse período é o cachorro, que se estressa, tem medo e às vezes acaba escapando de casa e se perdendo ou se machucando.
O que muitos donos não sabem é que a culpa de todo o desespero, grande parte das vezes, vem da conduta do próprio dono. “São duas atitudes que a maioria das pessoas toma e que estão erradas: dar broncas ou atenção demais, não adianta brigar e menos ainda abraçar, colocar o cachorro no colo e protegê-lo, porque ele vai entender os fogos como um problema, vai associar como uma situação de risco. O dia que o dono não estiver perto, ele vai ficar desesperado, aflito”, explica o veterinário Marcelo Selegatto, da clínica Vet House.

“Mostre que ele não precisa ficar protegido
porque não está acontecendo nada, mas não
negue carinho e esteja ao lado dele”

O veterinário ensina que deixar o animal sozinho também é uma conduta errônea, e que o melhor a se fazer é agir de forma natural, mantê-lo por perto, mas sem esboçar reação. “O cachorro vê o dono tranquilo e com o tempo ele entende que não tem problema nenhum. Tive um cachorro que não tinha medo e passou a conviver com um maior que ele, que era muito medroso, então ele entendeu que se o ‘líder’ do bando tinha medo, ele deveria ter também. Como os donos são os líderes, não podem demonstrar fraqueza, ele é o responsável pela proteção”, ressalta.
O processo é lento, de acordo com Marcelo é um condicionamento diário, para que ele vá perdendo o medo gradativamente e possa viver tranquilamente nesta época e em qualquer outra. “A gente entra em desespero para resolver o problema, e no decorrer do ano acontecem os clássicos de futebol, finais de campeonatos e muitas outras comemorações que trarão essa questão à tona”.
O veterinário dá uma dica importante, sobre um CD, que pode ser encontrado online, onde você pode condicionar seu cachorro a mudar a forma de agir, entendendo o som como algo natural. “Você vai brincar no quintal, dar petiscos e deixar o som, que simula fogos e bombas, no volume tolerável. Depois de um tempo, vai aumentando o som, pouquinho, e por aí vai, até que o barulho esteja no mais alto possível e mesmo assim ele esteja interessado em continuar brincando, entendendo o som de uma forma positiva”, explica.
Para quem precisa deixar o cachorro sozinho e não pode despender de um hotel, a melhor alternativa é usar um tranquilizante, segundo Marcelo. “O sedativo é a melhor alternativa nesse caso, mas não é algo que deve ser aplicado sempre.
É necessário consultar um veterinário para saber a dosagem adequada e também qual a condição do animal para receber a medicação, de qualquer forma, é importante salientar que a presença do dono é o que vale para o bem-estar e segurança do animal. Mostre que ele não precisa ficar protegido porque não está acontecendo nada, mas não negue carinho e esteja ao lado dele”, finaliza.

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