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Incontinência Urinária

Dr. José Pedroso Neto CRM: 66.427 • Divulgação

A expressão continência urinária refere-se à função normal da bexiga de conter a urina, ao passo que incontinência urinária é a sua perda involuntária.
Quando ela está cheia, uma mensagem é direcionada ao cérebro, sinalizando que é hora de ir ao banheiro. O músculo da bexiga contrai-se e elimina o líquido. Na situação normal, você controla o momento em que quer ir ao banheiro. Porém, nos casos de incontinência urinária a pessoa perde urina involuntariamente ao fazer um esforço. Pode ocorrer também a bexiga hiperativa, que é quando o músculo detrusor contrai-se mais vezes e de forma irregular. Nesta circunstância, a bexiga controla você.
Quais as causas de problemas de controle da bexiga?
O controle da bexiga é regulado pela interação entre o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal), órgãos do aparelho urinário inferior (bexiga e uretra) e a musculatura do assoalho pélvico. Desta forma qualquer doença que envolve este mecanismo de controle pode afetar o funcionamento da bexiga. Por exemplo, pacientes com doenças que envolvem o sistema nervoso central, tais com trauma raque-medulares, doença de Parkinson, AVC e esclerose múltipla, podem ter problemas de controle da bexiga. Além disso irradiação e traumas sobre a região pélvica podem causar problema de controle vesical. A gravidez, o parto vaginal e a obesidade podem ser fatores de risco para incontinência urinária de esforço, na qual a paciente perde urina ao tossir, espirrar e ou realizar algum esforço. Pelo menos 50 milhões de pessoas no mundo sofrem de bexiga hiperativa. De acordo com as últimas pesquisas, cerca de 16% a 17% dos indivíduos apresentam problemas urinários. A maioria da população geriátrica sofre com problemas de controle da bexiga. As mulheres esperam muito tempo antes de falar de seus problemas urinários com seu médico. Muitas mulheres apresentam dificuldade na esfera sexual, em razão dos seus problemas urinários e doenças do assoalho pélvico. Pelo menos 80% dos casos podem ser melhorados ou curados através de tratamento efetivo, com medicações, cirurgias e mudanças comportamentais.
Exames para o diagnóstico: os testes diagnósticos são simples e quase todos são realizados no local da consulta. A ultrassonografia transvaginal pode ser indicada para estudar a uretra e a bexiga. A avaliação urodinâmica (exame que utiliza computador e que registra a função da bexiga, uretra e músculos perineais) deve ser indicado nos casos de história clínica de descontrole da bexiga e de incontinência urinária. Exames de urina tipo 1 e urocultura são pedidos no caso de infecções urinárias.
Diagnóstico diferencial: é im- portante que se faça o diagnóstico diferencial com outras doenças que possam apresentar sintomatologia semelhante. Alguns exemplos que podem confundir o diagnóstico: Infecção urinária; Câncer de bexiga; Doenças neurológicas; Diabetes; Lesões da bexiga por AVC; Traumas da coluna vertebral e cérebro.
Impacto na qualidade de vida: Distúrbios do sono e perda da produtividade diária, devido ao fato de ir ao banheiro várias vezes à noite. Diminuição da atividade sexual, devido à ansiedade e a vergonha pela perda de urina; Perda de importantes encontros e reuniões. Abandono de atividade física. Recusa a convites para reuniões sociais com amigos e com família, pela vergonha de visitar o banheiro sempre ou pelo medo de acontecer um episódio de perda urinária. Em viagens de carro, ônibus e outros meios de transporte com dificuldade para usar banheiro. Depressão, perda de autoconfiança, culpa e medo de que sintam o odor de urina. Vergonha de falar sobre o assunto. Ansiedade pela perda da urina. Falta de vitalidade e fadiga. Cansaço crônico pelo sono irregular devido às varias idas ao banheiro, resultando em fadiga. Saída frequente de reuniões importantes. Falta de concentração.
Tratamento: o passo mais importante é conversar com seu médico sobre o problema. Após a realização do diagnóstico e início do tratamento, sua qualidade de vida retornará ao normal. Várias medidas podem ser adotadas de acordo com o diagnóstico. Tratamento cirúrgico com correção dos defeitos e roturas do assoalho pélvico, pode se usar tela sintética para a correção. Medicamentos como drogas que atuam na musculatura da bexiga e uretra. Tratamento hormonal com estrogênio tópico. Tratamento com toxina botulínica. Tratamento comportamental e reabilitação do assoalho pélvico com fisioterapia especializada.

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