Volta ao Mundo

Casal indaiatubano visita 23 países e conta sua história

Da redação
Fotos: Divulgação

É comum achar pessoas com o sonho de viajar pelo mundo juntando uma bagagem de experiências. Difícil é decidir por qual país começar e fazer o planejamento, desde a rota até as despesas. Mas que o resultado final vale a pena, isso é certeza. O casal Katy e Vitor tomou coragem e viajou por 23 países, acumulando histórias, experiências, amigos e ainda mais amor por viajar.
“Tudo começou em uma noite onde estávamos querendo mudar de vida. Pensando em estudar e morar fora do país, viramos um para o outro e falamos ‘por que não fazemos aquela Volta ao Mundo que sempre sonhamos?’ Foi nessa mesma noite que pegamos um mapa na internet e começamos a traçar nosso roteiro. Depois, ficamos planejando e guardando dinheiro por um ano antes de partir”, relembram.

Planejamento: Rota, bagagem e liberdade
“Primeiro começamos pelos lugares que tínhamos vontade de conhecer, colocamos todos no papel, a partir daí fomos fazendo uma seleção dos possíveis e também da facilidade de seguir de um país para outro sem passar muito tempo em um avião, como fizemos tudo por conta própria – sem agências de viagens -, tivemos que alterar muitas vezes a rota e os destinos escolhidos. Uma certeza desde o começo do planejamento era seguir o sol, pegar primavera e verão na maioria dos países para não pesar a mala com coisas de inverno, por fim, começamos pela Oceania em fevereiro e seguimos nessa rota”, contam.
Os viajantes destacam outros elementos que são essenciais para uma Volta ao Mundo além da seleção e lógica da rota, entre eles estão a liberdade de escolher e uma mala leve, bem leve. “Acho que o mais importante é planejar, mas nunca ficar engessado com esse planejamento para participar das experiências que os lugares proporcionam. Outra coisa importante é viajar leve, a melhor decisão que tomamos foi fazer essa viagem com uma mochila pequena que dava para levar a bordo no avião, o que otimizou nosso tempo em aeroportos e nos permitia ficar com as mãos livres, era a melhor forma de nos locomovermos, acho que seria impossível andar com uma mala de rodinhas nas ruas da Índia, Vietnã ou Tailândia, por exemplo”.

Comunicação e Gastronomia
Muitas pessoas ficam com medo na hora de viajar por não saberem determinado idioma e de fato, essa é uma das dificuldades. A comunicação, quando você está do outro lado do mundo não é tão simples e engana-se quem pensa que o inglês, na prática, reina por todo o planeta. O casal conta como foi se comunicar pelo mundo a fora: “em muitos lugares foi complicado, as pessoas não falam muito inglês como imaginávamos. Como passamos a maior parte do tempo na Ásia, foi ainda mais difícil, principalmente na hora de comprar as coisas em mercadinhos, já que não fazíamos muitas refeições em restaurantes. Na Rússia, além de não ter nada em inglês, eles não eram tão simpáticos para tentar ajudar, foi difícil comer até em um Mc Donald’s, na China também, ficamos horas perdidos em algumas cidades”, relatam.
Já sobre a gastronomia é preciso ir com a cara e com a coragem. Das comidas mais exóticas que o casal experimentou estão: Espetinhos de Escorpião, Grilos Fritos e Salgadinho de Mini Carangueijos Inteiros. Além de terem experimentado e aprovado a maioria das bebidas típicas.

Experiências
Cada lugar reserva uma experiência única e inesquecível. De tudo o que viveram nesses seis meses, algumas passagens marcaram a viagem como, o treinamento de elefantes em Luang Prabang, no Laos, onde aprenderam a comandá-lo e andaram com o animal pela floresta sem nenhuma sela, as cerimônias no Rio Ganges em Varanasi, na Índia junto do monumento Taj Mahal, o nascer do sol no Angkor Wat, no Camboja, as pirâmides do Egito e de Petra e viajar pela Austrália em uma Campervan – um carro que servia de acampamentos -, onde passaram por incríveis paisagens.
O casal ainda compartilha, “viajar a longo prazo ou apenas para alguns lugares com cultura diferente é muito mais fácil do que as pessoas imaginam. O mundo é mais seguro do que as mídias expõem e as pessoas em geral estão sempre abertas a ajudar e receber bem. Vale a pena pois aprendemos e ganhamos uma experiência de vida que não se aprende em nenhuma escola”.

Nem tudo são flores
De fato, nem tudo são flores, Katy e Vitor ressaltam que é preciso tomar muito cuidado pois pessoas de má- fé existem em qualquer lugar do mundo.
Uma situação também que é preciso ter cautela é com o choque de cultura que pode causar situações complicadas, como quando o casal decidiu ir de Israel para Belém, na Palestina. “Sem saber como seria, entramos em um ônibus cheio de mulçumanos e eu estava de shorts jeans, mas não era curto. Quando chegamos uma mulher nos seguiu e me ajudou dizendo para colocar um lenço para cobrir as pernas, pois os homens estavam falando muitas coisas feias para nós, na verdade foi uma loucura mas ainda bem que deu tudo certo e conseguimos encontrar a ‘Igreja da Natividade’, que dizem ser o local onde Jesus Cristo nasceu”, lembra Katy.

 
E Continua…
Que os 23 países foram impressionantes, isso é certeza, mas ao perguntar qual o destino preferido, Katy fala com carinho sobre um especial. ”Diferente do que todo mundo pensa, até agora o que nós mais gostamos foi o Japão. Eles têm uma cultura linda, as pessoas são muito educadas, sempre que estávamos perdidos nos metrôs ou na rua, aparecia alguém para nos ajudar e nem precisávamos pedir. Mesmo sem a maioria das pessoas falar inglês, eles nos ajudavam com gestos para que pudéssemos entender, sempre com um sorriso no rosto.
Fizemos a viagem pelo país de trem e as estradas são incríveis e foi em uma cidadezinha bem tradicional de lá que pegamos o maior frio da viagem e vi a neve pela primeira vez. Foi lindo”, finaliza.
Essa foi apenas a primeira parte da Volta ao Mundo, o casal ainda tem 32 países para viajar e já adiantam que a próxima etapa será a Europa, no ano que vem.
Para ver mais detalhes dessa jornada e acompanhar o que ainda está por vir, acesse o blog www.letsgoaworldtrip.com.br.