Gastronomia

Gastronomia Francesa

História e curiosidades da culinária que ganhou o mundo

Não é à toa que a Culinária Francesa ganhou o mundo e conquistou não só o paladar, mas os bons modos de quem admira uma boa refeição. É graças a ela que herdamos costumes como, comer utilizando talheres e ir a restaurantes, por exemplo. A história dessa gastronomia icônica começou a se transformar e atravessou o mundo.
Dizem que foi logo após a Revolução Francesa que os costumes gastronômicos começaram a mudar no país. Muito pelo fato da constante visita dos soldados europeus à França para realizarem refeições. Diante da nova situação, o Rei Luis XIV proibiu a influência estrangeira na gastronomia local, tornando assim a preservação dos costumes locais, o maior objetivo.
De qualquer forma, com o passar do tempo, alguns costumes franceses de fato revolucionaram, dentre eles a individualização da comida, a criação da etiqueta, a expulsão do uso exclusivo de alho e cebola (abrindo espaço para legumes e vegetais), substituição da cozinha do olfato para a cozinha do olhar, invenção do restaurante (o primeiro foi em Paris em 1765), e a divisão das refeições em três etapas, Entrada, Prato Principal e Sobremesa.

Chef Sebastien Laurent Michaut com a sobremesa Suflê Glacé de Limão com ‘Coulis’ de Morango

Chef Sebastien Laurent Michaut com a sobremesa Suflê Glacé de Limão com ‘Coulis’ de Morango

Certamente muito do que temos hoje, se deve às mudanças gastronômicas na França e para confirmar, nada melhor do que um chef francês, Sebastien Michaut Laurent – sócio-proprietário e Chef de Cozinha da Green House Gourmet Restaurante -, para falar como a gastronomia é vista na França no mundo contemporâneo e suas curiosidades.
“A cultura gastronômica se inicia em casa e vai até a escola.
Nós, chefs, ensinamos os mais jovens como comer diferentes pratos e usamos vários métodos para atrair alunos mais velhos também. Uma vez por ano ensina-se o básico, como reconhecer os sabores de base e as variações para equilibrar uma boa alimentação, fora que por lá, temos escolas estruturadas e especializadas para atender as formações de todas as profissões envolvidas, a gastronomia faz parte de nossas raízes”, conta.
Sebastien ainda afirma que na França todos têm paixão por comer pratos diferentes todos os dias e por isso inovar na cozinha é essencial, assim como fazer a combinação entre sabor e visual além de utilizar vinho nas receitas: “é muito comum, principalmente em molhos. Ele é um dos elementos fundamentais para as boas receitas, e aguça o sabor, dá vida em qualquer parte da refeição”, destaca.
Apesar do chef utilizar as técnicas francesas e proporcionar um ‘leque’ de opções aos seus clientes, ele conta que alguns pratos são os mais pedidos, como o Confit de Pato com Risotto de Foi Gras e Geleia de Vinho Tinto. Nele, usa-se a coxa do pato, onde deixa-se marinar por 24 horas na própria gordura e de quatro a cinco horas no forno. Para os franceses tempo é um dos elementos principais na hora de cozinhar, por isso, o chef finaliza com uma dica simples que você poderá aplicar na sua casa: “para fazer um bom ‘coq au Vin’ (Frango) ou um bom ‘boeuf bourguignon’ (carne de vaca), não fique com medo de deixar o Coq ou a Carne mergulhada no vinho de cinco a sete dias antes de realizar o cozimento, isso ficará muito mais saboroso, pode acreditar”.
Receita do Chef:
Calda para acompanhar um filé mignon, bife ou peixe:
Passe o seu ingrediente na frigideira até o ponto desejado. Sem deixar queimar a frigideira, acrescente um pouco de alho e cebola picados, coloque uma taça de vinho branco seco de cozinha (Liebfraumich, por exemplo) deixe reduzir metade. Fora do fogo acrescente uma colher de manteiga e mexa. Por fim, acrescente uma colher de mostarda Dijon, verifique o tempero (sal, pimenta-do-reino), e pronto! Seu prato já pode ser servido.

 

Da redação
Fotos: Revista Exemplo®

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