I Love Coxinha!
Um dos mais populares salgadinhos do Brasil, faz sucesso no exterior
Quem não sobrevive sem guloseimas tem sempre uma predileção na hora de comer ou de fazer o alimento. A hora e a vez das coxinhas têm público cativo nas padarias. Especialmente as especializadas. Há ofertas do salgado em versão exagerada: 1 kg de massa e frango compactados para os trogloditas de plantão, na capital paulista. Têm amantes de coxinha que postaram em redes sociais a preferência pelo salgado ao invés de pular a maior folia do mundo no Brasil: o Carnaval. A seleção por um dos salgados mais populares do país ganhou inclusive um apelido na política. Os eleitores de direita foram apelidados de ‘coxinha’ em uma alusão ao preço do salgado e ao eleitor mais elitizado. Até nisso, ela disparou na frente. O salgadinho brasileiro, de origem paulista é também comum em Portugal. Feito com farinha de trigo e caldo de galinha, ela é envolta em um recheio elaborado com carne temperada de frango. Em formatos pequenos, são servidas em festas e buffets. Atualmente, existe a versão semipronta congelada. A coxinha se originou no século 19, na região da Grande São Paulo. De acordo com historiadores, a coxinha foi desenvolvida durante a industrialização de São Paulo, para ser comercializada como um substituto mais acessível e durável às tradicionais coxas de galinha que eram vendidas nas portas de fábricas. De São Paulo, a receita rapidamente se espalhou pelo restante do Brasil. Há várias versões para a sua origem. Uma delas é a derivação do croquete europeu, outra é a pitada de catupiry, em um estilo tipicamente brasileiro.
Made In Brasil
Há 12 anos morando em Paris, a primeira coisa que a jornalista paranaense, Danielle Moraes Legras, faz quando pisa em terra verde-amarela é comer uma coxinha. Uma, não! Mais de uma. “Eu amo muito! Quando estive no Brasil da última vez, a primeira coisa que fiz foi ir a um ‘boteco’ para comer três coxinhas e, embora, saiba fazer, evito um pouco por ser gordurosa. Eu não tenho uma fritadeira elétrica”, diz. Tralhando na capital parisiense há dez anos, ela diz que o salgado faz sucesso no exterior. Inclusive, há uma comunidade virtual brasileira em Paris, que costuma aceitar encomendas. “No aniversário de 20 anos da minha filha só tinha coxinha, empadinha, bolinho de queijo e risólis, a galera daqui pira. As porções de salgadinho fazem o maior sucesso nos restaurantes brasileiros”, afirma. A criatividade do brasileiro impressiona. O bar Juscelino Kubitschek em Maringá (PR) serve coxinha de Tilápia, um dos grandes sucessos do cardápio, que foi sugerido pelo proprietário, André Guimarães. O salgado é, de longe, o preferido e aprovado pelos frequentadores – a jornalista Adriana Becker é um deles -, como a ‘melhor coxinha’ da Cidade.
Versão doce da coxinha
O coxurros (coxinha de churros) ou churrinhas (churros com coxinha) é uma receita muito fácil fazer.
Ingredientes:
– 250 gramas de farinha de trigo
– 50 ml de óleo (sugerem canola)
– 500 ml de água
– 30 gramas de açúcar
– 25 gramas de fubá
– Doce de leite
– Açúcar e canela para cobrir
Como fazer:
Coloque a água e o óleo para ferver em uma mesma panela. Misture a farinha de trigo, o açúcar e o fubá, depois peneire. Quando a água e o óleo estiverem fervendo, despeje a mistura na panela e mexa sem parar. Retire só depois que a massa ficar lisa e desgrudar da panela. Desligue o forno e coloque a massa em uma fôrma até assar. Amasse um pedaço de massa até fazer uma bolinha para então amassar de novo. Coloque um pouco de doce de leite no meio e feche como uma trouxinha. Aí é só moldar a ponta para ficar semelhante a uma coxinha. Agora, coloque óleo na panela suficiente para mergulhar as coxinhas e esquente. Depois de quente, mergulhe os coxurros lá. Frite até dourar, depois passe no açúcar e canela. É só servir.
Por: Tarcila França
Fotos: Divulgação